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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Viver é ler o mundo

Há pelo menos duas maneiras fundamentais de se ler um texto, qualquer texto: confiando ou desconfiando dele.De preferência, devemos fazer ambas as leituras.Indagar sempre quem está narrando, se o que escreve é ago que parece fluir ou se utiliza das artimanhas do modo de dizer para comprometer o nosso entendimento, de onde vêm as idéias que detonam a composição apresentada e como essas idéias influenciam nosso pensamento?Este entendimento sobre a leitura pode ser aplicado tanto à ficção quanto ao mundo em geral. Na verdade fazemos leitura de tudo o que nos rodeia: anúncios, propaganda eleitoral, embalagens, fachadas de prédios, prospectos distribuídos nas ruas, a tela da tv, o jornal, nem que seja só o de domingo.
Leitura desse modo, se confunde com o próprio processo de conhecimento, de descoberta, de criação, de vivência do dia-a-dia.Podemos proceder uma leitura que nos leve tanto a dar fé as acusações de Bentinho contra Capitu, a imaginar crescendo o nariz de pau de Pinóquio apesar dos conselhos de Gepeto,  imaginar quão delicioso  deverá ser aquela guloseima estampada num outdoor, quanto a verificar que o  BigBrother ocupa páginas inteiras do jornal e, até  perceber , que o casamento de um jogador famoso com uma modelo é assunto que devamos ficar “ruminando” por semanas nas principais manchetes das revistas e telejornais.
A leitura em oposição a qualquer extremo é uma abertura de possibilidades, uma ampliação ou uma construção de horizontes. É participação. É crítica. Nesta terra de excluídos, onde a maioria da população permanece privada até ao direito à vida. Leitura é conquista, não importa as circunstâncias, é reverter a exclusão, é rejeitar a manipulação, é imaginar destinos,é tomar para si o presente. É mudança. É a leitura, portanto, afirmação da autonomia, quanto mais você lê, mais possui senso crítico para distinguir  opções e fazer escolhas acertadas.
É a leitura uma radicalização da manifestação de humanidade, que todos possuem, de que todos necessitam, apontando para a formação de um leitor e escritor consciente, que faça uso da língua escrita, tornando-a parte integrante e funcional de sua vida cotidiana, modificando a sua relação com o mundo, leitura como geradora da própria individualidade e, ou do processo coletivo.Leitura prazerosa.
A expressão escrita, o texto de fato, condensa e prepara essas experiências maiores.Pode e deve ser combinados a muitos outros meios, cores, sons, movimentos, desejos.O importante é o seu caráter complexo: leitura como questionamento, entrega e transporte. Somente assim, tornam-se indissociável: leitura e mundo.

 
Rosemary dos Santos

sábado, 16 de julho de 2011

Pedagogia do Oprimido

Pedagogia do Oprimido
(Resumo)
Jeane Vanessa Santos Silva*
Paulo Freire é caracterizado com um pensador que se comprometeu, além das idéias, com a própria vida, com a própria existência; na Pedagogia do Oprimido ele nos apresenta sua experiência cativada no exílio durante cinco anos, bem como nos mostra o papel conscientizador da educação numa ação libertadora do próprio "medo da liberdade".Para Paulo Freire vivemos numa sociedade dividida em classes, sendo que os privilégios de uns impedem que a maioria usufrua dos bens produzidos e, coloca como um desses bens produzidos e necessários pata concretizar a vocação necessária do ser mais, a educação, da qual é excluída grande parte da população do Terceiro Mundo.Refere-se então a dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos opressores, onde a educação existe como uma prática de dominação e a pedagogia do oprimido que precisa ser realizada para que surja uma educação com prática de liberdade.